

Conquistar a liberdade profissional é uma jornada e tanto, mas depois que a conquistamos é tudo um mar de rosas. Não, espera, não é bem assim. Estamos lidando com a nossa carreira e nosso futuro, desafios irão surgir e as responsabilidades profissionais continuarão presentes no nosso dia a dia, principalmente quando estiver viajando. Para que você consiga aproveitar ao máximo a sua viagem e liberdade profissional, cumprindo com suas demandas, absorvendo conhecimentos, conhecendo lugares e pessoas novas, evitando custos desnecessários e tendo momentos de lazer e entretenimento, selecionei algumas dicas de viagem que vão lhe ajudar a ter mais organização e satisfação durante o período em que estiver fora.
Confira as 10 dicas de viagem para aproveitar sua liberdade profissional:
1 – Planeje o máximo de coisas que conseguir
Quando digo o máximo de coisas, é planejar desde a data de ida e volta, lugar para ficar, atividades e locais para ir, até o horário para cada uma das ações e decisões. Fazer esse planejamento não é tornar sua viagem engessada, extremamente cronometrada e fazer você virar um obcecado em cumprir o que colocou no papel, pelo contrário, é para que tenha mais segurança, conforto, menor custo, liberdade e tempo extra.
Ao colocar a maioria das atividades e ações no mesmo lugar, seja em uma planilha de excel, caderno ou qualquer outro meio que prefira utilizar, consegue tem uma visão holística se não está querendo fazer demais, de menos ou se não está sobrecarregando o início da viagem com o fim, por exemplo. Planejar suas prioridades e fazer algumas mudanças antes mesmo de embarcar irão lhe auxiliar a ter mais equilíbrio durante o período em que estiver viajando. Não precisa ser algo milimetricamente esquematizado, pode fazer de uma forma mais geral mesmo, mas desde que consiga ter essa visão.
“Ah, mas se tiver alguma mudança ou imprevisto quando eu estiver lá?”. Vai ter, isso já posso lhe garantir. O seu voo pode atrasar já na largada, algum local que havia planejado conhecer poderá estar fechado quando chegar lá, o tempo do local pode atrapalhar seus planos ao ar livre, pode surgir um convite para jantar, fazer um passeio ou mesmo ter uma conversa com algum profissional que é bom para sua rede de contatos e ações futuras…várias coisas podem acontecer no meio da viagem e que não estava esperando. Por isso a necessidade de você planejar seus dias para que possa aproveitar, relaxar, aprender, trabalhar e lidar com mudanças de agenda.
Por que essa é a primeira dica que trago aqui? Porque para mim impacta não apenas no bom aproveitamento da minha viagem e liberdade, mas também na minha saúde. Se vou para alguma viagem sem ter margem para mudanças e imprevistos, se isso realmente acontece e o que eu queria fazer ficou tudo embolado em um ou dois dias, por exemplo, minha mente já aciona meu estômago, que fica irritado e já não consigo curtir o momento. Espero que não tenha esse ou outros sintomas, e nem mesmo que passe por situações de estresse durante algo que deveria lhe gerar bem-estar, sorriso no rosto e satisfação. Por isso, PLANEJE.
Outra dica dentro do planejamento que poderá lhe auxiliar (e muito) financeiramente é escolher onde irá ficar em um local próximo a maioria dos locais que planeja ir, assim você economiza com transporte. Em Orlando, na Flórida (EUA), por exemplo, em função de atividades que foram planejadas no Disney Springs, os hotéis que fiquei eram super próximos, então podia ir a pé que em menos de 10 minutos estava lá.
Distância entre a entrada do Disney Springs e um dos hoteis que nos hospedamos durante a viagem – Fonte da Imagem: Google Maps
Quase todos os dias ia até lá, imagina o quanto não teria gasto com Uber se eu não pudesse ir a pé?
2 – Antecipe suas maiores demandas
Liberdade geográfica não é tirar férias. Você aproveita, mas também trabalha e tem responsabilidades como profissional, seja com sua empresa, sua equipe e/ou clientes. Se assim como no meu caso, você tiver alguma entrega para fazer, alguma mentoria para marcar (caso você seja mentor), alguma palestra a ser agendada…procure antecipar para que o seu foco não seja dividido e não consiga fazer o que precisa bem feito.
Na última viagem para os Estados Unidos, além do curso do Claudemir Oliveira que participamos, o Ricardo Dalbosco e eu tivemos uma séries de produções em vídeo para realizar por lá. Então o que fizemos? Fizemos planejamento de agenda pré, durante e pós viagem para que estivéssemos de fato presentes em todos os momentos e situações.
3 – Separe um horário do dia para trabalhar
Assim como recomendo meus mentorados na formação de mentor da Mentoring Academy que separem um dia da semana para produzir os conteúdos que ajudarão no fortalecimento de suas marcas pessoais como mentores, também sugiro que separe um tempo por dia, com horário de início e fim, para que cumpra com suas atividades profissionais.
“Qual o melhor horário?”. Isso você que tem que saber. Em que momento do dia é mais produtivo? O trabalho que precisa fazer terá contato direto e imediato com outro profissional em um fuso horário diferente do seu? Você está viajando com outra pessoa que está seguindo o mesmo cronograma? Será que não é bacana alinharem para que encaixem esse momento também no mesmo horário?
4 – Kit Voo
Essencial. Mais que necessário. O melhor amigo que você quer ter dentro do avião e para mim umas das melhores dicas de viagem se quiser conforto no voo.
Já falei sobre o Kit Voo um post, o qual, inclusive, foi destacado pelos editores do LinkedIn, mas vou falar novamente para quem não leu e relembrar a importância para quem já leu sobre. O Kit Voo vai ajudar a lhe trazer mais conforto durante as longas horas do avião e fazer com que o processo para descansar lá dentro seja menos complexo.
Meu Kit Voo – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Juliana Fernandez
Um dos últimos voos que peguei teve duração de mais ou menos 9 horas, Brasil-Nova York-Orlando. Claro que levei meu Kit, porque sem ele eu não saio de casa, e dessas 9 horas, consegui dormir 7 (as outras 3 horas ou estava comendo ou assistindo a algum filme). Não aquele sono pingado que você vai acordando de hora em hora, mas aquele que fecha o olho e quando acorda tem que entender onde está. Não é o melhor dos mundos, porque só seria se eu estivesse em uma cama confortável, mas dá para descansar.
Como montar um Kit Voo? Abaixo alguns itens que você pode incluir no seu para melhorar o seu sono e conforto.
– Protetor de olhos;
– Protetor de pescoço;
– Protetor de ouvido;
– Essências que ajudam a dormir; e
– Cápsulas de melatonina (recomendo que sigam as dicas da Andryely Pedroso em relação a esse ponto para não prejudicar sua saúde).
Vou confessar algo aqui: meu primeiro tapa olho ganhei antes da minha primeira viagem internacional, quando fui para Toronto, no Canadá, eu tinha a maior vergonha de usar no avião e achava que não gerava benefício algum (tanto é que não usei na época). Depois que me permiti testar, nunca mais larguei.
5 – Não gaste com hospedagem cara se vai passar o dia na rua
Conforto é bom e a gente gosta, mas se você não tem momentos no seu planejamento em que ficará aproveitando o que o hotel ou apartamento que alugou tem para oferecer, a lei do menos é mais entra em ação.
Vai passar o dia na rua, trabalhando em cafés e aproveitando a cidade, e só volta para dormir? Então procure um local que tenha um quarto confortável e que tenha um preço mais acessível. De que adianta ir para um hotel cinco estrelas se não irá aproveitar o que ele tem a oferecer? É jogar dinheiro fora. “Ah, mas tenho bastante dinheiro, posso me dar esse luxo, conquistei minha liberdade financeira”. Sim, eu também tenho a minha, mas não é por isso que desperdiço o que conquistei. Então, se você pensa como eu, avalie se há a necessidade de pagar por algo que não irá aproveitar como deveria.
Planeje o que irá fazer dentro do hotel também para não desperdiçar seu tempo e dinheiro – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Juliana Fernandez
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6 – É melhor alugar um carro ou andar de Uber?
Esta decisão você conseguirá tomar depois que tiver uma visão geral do que irá fazer, os locais que quer visitar, o lugar onde irá se hospedar etc, pois dependendo da cidade do mundo em que estiver e o tempo em que ficará pode valer mais a pena alugar um carro ao invés de usar um aplicativo como o Uber, ou vice-versa.
Avalie:
- Quantos locais pretende ir?
- Quantas vezes precisará ir em cada um deles?
- Qual a localização de cada um? São próximos do hotel?
- Tenho diversas facilidades (restaurantes, mercado, farmácias…) próximas ao local que vou ficar? Será que dá para ir a pé?
Comece respondendo essas questões. Depois faça um cálculo dos seus possíveis gastos em ambos os cenários, usando Uber e utilizando um carro alugado, e veja o que vale mais a pena.
7 – Não dependa apenas do seu cartão de crédito
Estamos na era do pix, o cartão de crédito às vezes nem sempre é levado para os locais e o dinheiro vivo nem vou comentar. Eu mesma, no Brasil, raramente ando com dinheiro. Mas como disse, no Brasil. Quando viajo para outros países, sempre levo uma quantia na moeda local porque não gosto de depender apenas de um meio de pagamento.
E antes que pense que é algo óbvio quando se vai viajar para o exterior, tem gente que esquece de comprar o dinheiro vivo e conta com a sorte na viagem. Então não custa lembrar.
8 – Atente-se às regras das companhias aéreas
História rápida que realmente aconteceu em um curto período de tempo, mas que me deu um certo desespero. Estava eu no aeroporto de Nova York (EUA) aguardando a chamada para meu voo de retorno ao Brasil, com minha mala de mão, uma mochila e uma sacola com um presente que havia comprado na área de embarque. Ao entrar na fila para entrar no avião, o colaborador que estava conferindo os bilhetes disse que eu estava com três itens e já foi logo colocando uma etiqueta na mala de mão, sem nem mesmo questionar se eu poderia colocar a sacola dentro de uma das bagagens. Conferiu meu bilhete e disse que eu estava ok para seguir. Questionei o porquê da etiqueta e ele disse que era porque eu estava com três itens e me pediu para seguir novamente. Fiz o que ele estava dizendo e lá no fim do corredor, já com um pé dentro do avião, outro funcionário surge, pega a minha mala e coloca na esteira que envia itens para o despacho.
Sai da fila, fui até ele, questionei se eu só pegaria a mala no destino final (sul do Brasil, sendo que tinha parada em São Paulo) e ele disse que sim. Entrei em desespero. Tinha itens ali dentro que não dava para despachar, a não ser que eu quisesse que chegasse pela metade. Ele ainda não tinha soltado a mala, então disse que eu colocaria a sacola dentro daquela mala para que ela fosse comigo no avião. Não deixou. Falei de novo e fiquei repetindo até que uma outra colaboradora, que saiu do além, veio perto de nós, arrancou a mala, me entregou a mala e disse “pode colocar a sacola na mala e seguir”. Algo simples que aquele colaborador inicial já poderia ter feito e evitado toda a confusão.
Contei a situação para alertar em relação às regras da companhia aérea que irá viajar. Não são todas iguais e às vezes o que muda são detalhes e de país para país. Eu devia ter agido mais rápido, colocando logo a sacola dentro da mala, mas fiquei com receio de estragar e levei na mão mesmo, aí deu no que deu. Ou seja, essa é também uma das dicas de viagem que eu mesma tenho que ficar mais atenta kkk
Antes de colocar em prática essas dicas de viagem, descubra o segredo da liberdade profissional clicando aqui.
9 – Conheça a vizinhança do local onde irá ficar
Não é criar intimidade com os vizinhos e quem mora por perto, mas saber o que há em torno do seu hotel ou apartamento alugado para que possa trabalhar em um local diferente, tomar um café, comer uma comida local, tirar algumas fotos bacanas, conhecer algum serviço novo etc.
Faça isso no dia em que chegar, assim você já consegue incluir algo novo ou fazer alguma mudança de rota no seu planejamento. Imagine o seguinte: você gosta de trabalhar em cafés e uma das atividades que tem para fazer demorará algumas horas para ser finalizada, ou seja, precisa ir em um café que tenha a acessibilidade de tomadas para que consiga carregar seu computador. Se você conhecer o local antes mesmo de sentar lá para trabalhar, já terá como saber se será fácil ou não colocar seu carregador na tomada, ou se terá que procurar um novo estabelecimento para aquele trabalho.
Leia aqui o post em que falo sobre esse mercado em Atlanta (EUA) com acessibilidade de tomadas
10 – Não dependa de Wifi
Ou você já sai do país com um chip internacional, ou habilita o seu número daqui para funcionar lá fora (o que não recomendo, porque dependendo do seu plano pode sair o olho da cara), ou então, assim que chegar, compre um chip com número do país para ter acesso à internet sem depender de wifi.
Boa parte dos locais tem wifi. Sim, mas nem todos funcionam tão bem e, normalmente, é na hora em que você mais precisa. Tendo mais segurança de que terá internet, você acaba tendo mais liberdade para poder visitar algum lugar específico da cidade enquanto aguarda a confirmação de uma reunião, do recebimento de um e-mail, do fechamento de um projeto e assim por diante. “Ah, mas vou ter que gastar com isso também”. É melhor investir no chip do que perder uma oportunidade de negócio.
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Liberdade profissional é um estilo de vida
As dicas de viagem que trouxe aqui não servem apenas para uma viagem específica, mas sim para todas as outras que você realizar de passar a adotar a liberdade profissional, com maior foco em liberdade geográfica, como estilo de vida. É preciso ter perfil para saber lidar com o vai e vem em aeroportos e a agenda profissional.
Como saber se você tem perfil para isso? Primeiro precisa seguir por um caminho que lhe permita ter essa liberdade, depois, faça um teste. Escolha um local que gostaria de conhecer, mas que fará sentido para a sua carreira também. Pode ser que entenda que passar 30 ou 60 dias em um local e depois conhecer outro faz sentido para o seu perfil, ou perceba que não, que faz mais sentido ficar um ano em cada local…o modo como aproveita sua liberdade você que determina, mas antes precisa conquistá-la.
Agora me conta: gostou dessas dicas de viagem que compartilhei aqui?